Resenha - Duna, 2021

 Dirigido por Denis Villeneuve e roteirizado por Eric Roth, Jon Spaihts e Denis Villeneuve, o longa é o primeiro de uma franquia de filmes baseado em uma série de livros de romance de ficção científica do escritor norte americano Frank Herbert. Estrelado por Timothée Chalamet e Zendaya, o longa ainda conta com um elenco de peso, com Josh Brolin, Jason Momoa, Oscar Isaac e outros.


O primeiro filme, se passa no planeta Arrakis, que é praticamente puro deserto, por isso é apelidado de "Duna". Assim, a fotografia varia em, principalmente, tons de terra, mas ainda assim é fria e cinzenta, deixando claro a alusão e tom que o filme quer que o espectador tenha. Esse local é administrado por o Duque Leto Atreides, pai do protagonista Paul, que cuida da retirada de uma especiaria rara chamada de "melange", que é usada para transportes chegarem à velocidade da luz, estender a vida humana e dar poderes sobre humanos. Para essa tarefa, Paul Atreides é escolhido por seu pai, e é acompanhado por Lady Jessica, sua mãe, mas acaba se deparando com dificuldades inesperadas já que tem habilidades que nenhum outro guerreiro tem. A jornada acompanha Paul, um jovem que ainda não compreende o destino que lhe aguarda e sua descoberta por meio de suas visões.

Ao decorrer do filme, acontece uma traição pelo controle do melange, desencadeando uma guerra. Paul e Jessica são sequestrados, mas conseguem fugir, e em sua fuga acabam descobrindo mais verdades sobre o império. Os efeitos práticos, como as coreografias das lutas e os locais, e os digitais, como as tecnologias apresentadas, são muito bem-feitos no filme e, principalmente nas visões do futuro de Paul, todos os momentos de batalhas são impressionantes e nos deixam curiosos para uma próxima adaptação. O protagonista acaba se aliando com uma raça alienígena que vive no planeta, onde encontra Chani, uma garota que aparecia frequentemente nas visões de Paul.

É um filme introdutório ao universo e maior parte de seu tempo é de apresentação das questões políticas que desencadearão a guerra. As cenas de ação, apesar de muito bem coreografadas, ainda são mais paradas e pouco empolgantes. O filme varia muito entre o silêncio e a trilha sonora característica e empolgante, curiosamente, nos momentos de batalhas os sons dos golpes e armas são predominantes, diferente de muitos outros filmes de ação. Assim, a trilha sonora é um dos elementos que mais movem a tensão do filme.

O filme pode ser cansativo para quem não conhece muito do universo, porém, ainda assim, a história apresentou bem o universo e os futuros filmes devem ser ainda mais emocionantes e devem mostrar cada vez mais a beleza do universo de Duna. Declarações do diretor Villeneuve confirmam que há planos para adaptar a segunda metade do livro, na qual responderá perguntas deixadas pelo final aberto do primeiro filme, o qual percebemos que a trama ainda está começando.

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